Page 44 - Excelência da Saúde | 2017
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lth Innovation
DOSSIÊ
‘ NO FUTURO, NÃO TEREMOS
MAIS A MESMA DROGA
PARA TODOS. SERÃO
PRODUZIDAS, DO PONTO DE
VISTA COMERCIAL, DROGAS
ESPECÍFICAS PARA CADA
INDIVÍDUO A PARTIR DE
SEU GENOMA E DO MEIO EM
QUE VIVE.”
Lilian Hoffmann, superintendente-
executiva de TI da BP.
mações com os pacientes”, complementa Eliézer Tecnologia cognitiva a favor da Saúde
Silva, do Albert Einstein.
Para Miguel Aguiar Netto, IBM Brazil chief health offi-
Para Lilian, a tecnologia é apenas um dos pila- cer, a medicina cognitiva já é uma realidade em diversos
res necessários para alcançar o hospital do futuro. países do mundo. “Essa tecnologia está trazendo muito
De acordo com ela, também será preciso rever o conhecimento para a área da saúde. Com ela seremos
atual modelo de negócio que “precisa considerar mais precisos no tratamento ao paciente. Acredito que
a saúde do paciente e não só a doença”. ela será responsável por democratizar a informação”.
Outra vertente ressaltada pela executiva é Uma das plataformas cognitivas já presentes no mer-
o fator cultural, que envolve os profissionais cado brasileiro é a solução Watson for Oncology, da IBM.
que irão lidar com essa tecnologia, a institui- Segundo Netto, esse software auxilia na decisão clínica
ção e os pacientes. “Através do empoderamen- em Oncologia. “O médico coloca na solução as caracte-
to, o paciente poderá participar da sua saúde. rísticas clínicas do paciente e a solução associa os dados a
Precisamos compreender a tecnologia como determinados protocolos. Diante disso, o profissional de
uma aliada. Se tivermos a inteligência artifi- saúde pode consultar cada opção de tratamento, conhe-
cial, empoderamento do paciente e a medici- cer os motivos de determinada opção estar sendo consi-
na preventiva chegaremos ao que chamamos derada, entre outras informações. A partir daí, o médico
de hospital do futuro”. decide”, explica.
No entanto, assim como a medicina, o hospi- Netto avalia de maneira otimista a medicina do futu-
tal do futuro também precisa enfrentar o custo ro. “A indústria está preocupada em apresentar o melhor
como um dos principais entraves. Mas, além para o paciente. Eu vejo com bons olhos todo esse movi-
desse desafio, Lilian pondera a questão de inte- mento de fazer uma medicina de segurança, de focarmos
roperabilidade. “Isso envolve despesa e trabalho nossos esforços no paciente. Só temos a lucrar com isso”.
com fornecedores de aplicações. Isso será algo
que devemos resolver para o nosso hospital do
futuro”, reflete. H
44 healthcaremanagement.com.br | edição 50 | HEALTHCARE Management
DOSSIÊ
‘ NO FUTURO, NÃO TEREMOS
MAIS A MESMA DROGA
PARA TODOS. SERÃO
PRODUZIDAS, DO PONTO DE
VISTA COMERCIAL, DROGAS
ESPECÍFICAS PARA CADA
INDIVÍDUO A PARTIR DE
SEU GENOMA E DO MEIO EM
QUE VIVE.”
Lilian Hoffmann, superintendente-
executiva de TI da BP.
mações com os pacientes”, complementa Eliézer Tecnologia cognitiva a favor da Saúde
Silva, do Albert Einstein.
Para Miguel Aguiar Netto, IBM Brazil chief health offi-
Para Lilian, a tecnologia é apenas um dos pila- cer, a medicina cognitiva já é uma realidade em diversos
res necessários para alcançar o hospital do futuro. países do mundo. “Essa tecnologia está trazendo muito
De acordo com ela, também será preciso rever o conhecimento para a área da saúde. Com ela seremos
atual modelo de negócio que “precisa considerar mais precisos no tratamento ao paciente. Acredito que
a saúde do paciente e não só a doença”. ela será responsável por democratizar a informação”.
Outra vertente ressaltada pela executiva é Uma das plataformas cognitivas já presentes no mer-
o fator cultural, que envolve os profissionais cado brasileiro é a solução Watson for Oncology, da IBM.
que irão lidar com essa tecnologia, a institui- Segundo Netto, esse software auxilia na decisão clínica
ção e os pacientes. “Através do empoderamen- em Oncologia. “O médico coloca na solução as caracte-
to, o paciente poderá participar da sua saúde. rísticas clínicas do paciente e a solução associa os dados a
Precisamos compreender a tecnologia como determinados protocolos. Diante disso, o profissional de
uma aliada. Se tivermos a inteligência artifi- saúde pode consultar cada opção de tratamento, conhe-
cial, empoderamento do paciente e a medici- cer os motivos de determinada opção estar sendo consi-
na preventiva chegaremos ao que chamamos derada, entre outras informações. A partir daí, o médico
de hospital do futuro”. decide”, explica.
No entanto, assim como a medicina, o hospi- Netto avalia de maneira otimista a medicina do futu-
tal do futuro também precisa enfrentar o custo ro. “A indústria está preocupada em apresentar o melhor
como um dos principais entraves. Mas, além para o paciente. Eu vejo com bons olhos todo esse movi-
desse desafio, Lilian pondera a questão de inte- mento de fazer uma medicina de segurança, de focarmos
roperabilidade. “Isso envolve despesa e trabalho nossos esforços no paciente. Só temos a lucrar com isso”.
com fornecedores de aplicações. Isso será algo
que devemos resolver para o nosso hospital do
futuro”, reflete. H
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