Page 54 - Saúde se faz com Amor
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IGO
ASSISTÊNCIA TÉCNICA DE Carlos Goulart
EQUIPAMENTOS MÉDICOS:
VITAL PARA A SEGURANÇA DOS Presidente Executivo
PACIENTES, MAS NEGLIGENCIADA da ABIMED (Associação
Brasileira da Indústria
de Alta Tecnologia de
Produtos para Saúde)
Uma das áreas desses aparelhos é funda- tos a empresas terceirizadas
que está dire- mental para garantir diag- e, para isso, eles as treinam,
tamente rela- nósticos precisos e tratamen- qualificam e credenciam,
cionada ao uso tos eficazes e mitigação de com o propósito de garantir
seguro e eficaz dos equipa- riscos tanto para pacientes a qualidade do serviço e as-
mentos é também uma das quanto para os profissionais segurar que partes, peças e
que tem merecido menos de saúde que os operam. acessórios utilizados sejam
atenção do que seria necessá- legítimos e originais.
rio no país: assistência técni- Não é preciso, portanto,
ca e manutenção preventiva nenhum exercício extraor- Porém, existe no Brasil uma
ou corretiva dos equipamen- dinário de imaginação para tendência de certos estabeleci-
tos médicos. compreender a necessidade mentos de saúde contratarem
Estamos falando, entre ou- e a importância de a manu- empresas não homologadas
tros, de equipamentos como tenção desses equipamentos para realizar a manutenção e
os de diagnóstico por ima- ser realizada por empresas e reposição de peças e acessó-
gem, cuja precisão é funda- profissionais altamente qua- rios dos equipamentos. E, na
mental para orientar trata- lificados e capacitados, com contramão do que seria ne-
mentos, com grande impacto formações técnicas específi- cessário, a legislação em vigor
inclusive no seu desfecho. Há cas e treinamentos contínuos não prevê esses casos e, por-
aqueles equipamentos que de reciclagem. tanto, não regulamenta a ati-
emitem radiação, como Raio- vidades dessas empresas.
-X, tomógrafos, mamógrafos e Infelizmente, porém, nem
angiografia, que precisam es- sempre isso é o que ocorre no Diante disso, não é possível
tar calibrados e funcionando país. A legislação em vigor atri- saber se possuem capacitação
dentro dos limites de tolerân- bui às empresas detentoras dos técnica, que critérios e parâ-
cia de radiação preconizados registros dos equipamentos a metros utilizam para realizar
por organismos internacio- responsabilidade pelo seu bom o serviço e tampouco exigir
nais e autoridades locais. funcionamento ao longo de toda que cumpram os requisitos
E estamos nos referindo a vida útil do aparelho. E a Agên- de segurança que a vigilância
ainda, em muitos casos, a cia Nacional de Vigilância Sa- sanitária determina quando a
equipamentos de altíssima nitária (Anvisa) conta com inú- manutenção é realizada pelos
tecnologia, que sofrem atua- meras normas e regulações que fabricantes.
lizações periódicas e que re- estabelecem os critérios e proce-
querem que os profissionais dimentos que devem ser por elas Em outras palavras, os re-
também sejam constante- adotados para que a instalação e sultados do trabalho são des-
mente atualizados para sua manutenção sejam feitas de ma- conhecidos e não sofrem ne-
correta operação e manuseio. neira correta e segura. nhum tipo de controle. Como
O bom funcionamento consequência, não é possível
Os fabricantes podem e es- oferecer garantias de segu-
tão dispostos a delegar a ma- rança a pacientes e usuários.
nutenção de seus equipamen-
Outro aspecto que torna
54 healthcaremanagement.com.br | edição 49 | HEALTHCARE Management
ASSISTÊNCIA TÉCNICA DE Carlos Goulart
EQUIPAMENTOS MÉDICOS:
VITAL PARA A SEGURANÇA DOS Presidente Executivo
PACIENTES, MAS NEGLIGENCIADA da ABIMED (Associação
Brasileira da Indústria
de Alta Tecnologia de
Produtos para Saúde)
Uma das áreas desses aparelhos é funda- tos a empresas terceirizadas
que está dire- mental para garantir diag- e, para isso, eles as treinam,
tamente rela- nósticos precisos e tratamen- qualificam e credenciam,
cionada ao uso tos eficazes e mitigação de com o propósito de garantir
seguro e eficaz dos equipa- riscos tanto para pacientes a qualidade do serviço e as-
mentos é também uma das quanto para os profissionais segurar que partes, peças e
que tem merecido menos de saúde que os operam. acessórios utilizados sejam
atenção do que seria necessá- legítimos e originais.
rio no país: assistência técni- Não é preciso, portanto,
ca e manutenção preventiva nenhum exercício extraor- Porém, existe no Brasil uma
ou corretiva dos equipamen- dinário de imaginação para tendência de certos estabeleci-
tos médicos. compreender a necessidade mentos de saúde contratarem
Estamos falando, entre ou- e a importância de a manu- empresas não homologadas
tros, de equipamentos como tenção desses equipamentos para realizar a manutenção e
os de diagnóstico por ima- ser realizada por empresas e reposição de peças e acessó-
gem, cuja precisão é funda- profissionais altamente qua- rios dos equipamentos. E, na
mental para orientar trata- lificados e capacitados, com contramão do que seria ne-
mentos, com grande impacto formações técnicas específi- cessário, a legislação em vigor
inclusive no seu desfecho. Há cas e treinamentos contínuos não prevê esses casos e, por-
aqueles equipamentos que de reciclagem. tanto, não regulamenta a ati-
emitem radiação, como Raio- vidades dessas empresas.
-X, tomógrafos, mamógrafos e Infelizmente, porém, nem
angiografia, que precisam es- sempre isso é o que ocorre no Diante disso, não é possível
tar calibrados e funcionando país. A legislação em vigor atri- saber se possuem capacitação
dentro dos limites de tolerân- bui às empresas detentoras dos técnica, que critérios e parâ-
cia de radiação preconizados registros dos equipamentos a metros utilizam para realizar
por organismos internacio- responsabilidade pelo seu bom o serviço e tampouco exigir
nais e autoridades locais. funcionamento ao longo de toda que cumpram os requisitos
E estamos nos referindo a vida útil do aparelho. E a Agên- de segurança que a vigilância
ainda, em muitos casos, a cia Nacional de Vigilância Sa- sanitária determina quando a
equipamentos de altíssima nitária (Anvisa) conta com inú- manutenção é realizada pelos
tecnologia, que sofrem atua- meras normas e regulações que fabricantes.
lizações periódicas e que re- estabelecem os critérios e proce-
querem que os profissionais dimentos que devem ser por elas Em outras palavras, os re-
também sejam constante- adotados para que a instalação e sultados do trabalho são des-
mente atualizados para sua manutenção sejam feitas de ma- conhecidos e não sofrem ne-
correta operação e manuseio. neira correta e segura. nhum tipo de controle. Como
O bom funcionamento consequência, não é possível
Os fabricantes podem e es- oferecer garantias de segu-
tão dispostos a delegar a ma- rança a pacientes e usuários.
nutenção de seus equipamen-
Outro aspecto que torna
54 healthcaremanagement.com.br | edição 49 | HEALTHCARE Management