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ANTONIO LUIS CESARINO DE Filantrópico X Privado
MORAES NAVARRO Para o diretor-superintendente do

diretor-superintendente do HAC, a incorporação de tratamentos
Hospital Amaral Carvalho de Oncologia no rol Agência
Nacional de Saúde Suplementar
(ANS) é vista com bons olhos,
mas, ao mesmo tempo, com muita
atenção para os impactos que
podem ser gerados nos custos em
relação aos resultados.

“No setor filantrópico, o impacto
será muito negativo sob o ponto
de vista financeiro, pois como tem
sido amplamente divulgado, ao
contrário das OS’s e dos hospitais
públicos, os filantrópicos atendem
ao SUS com uma margem de
contribuição negativa em média
de 50%”, analisa Navarro.

O executivo explica que o
aumento do custo do tratamento
amplia, em tese, a margem negativa
de contribuição. “Ou seja, se,
atualmente, de cada real gasto as
filantrópicas precisam conseguir
um aporte de R$ 0.50 para cobrir os
custos, talvez esse aporte necessário
se amplie ainda mais. A menos que o
improvável aconteça, as filantrópicas
receberem pelos procedimentos ao
SUS na mesma proporção das OS’s
e hospitais públicos”.

No campo privado, o diretor-
superintendente acredita que
haverá um impacto financeiro
quando a sociedade não conseguir
absorver, de fato, os aumentos das
mensalidades dos planos de saúde.

“Nem o SUS, nem a saúde
complementar podem prescindir
dos avanços da ciência e de
novos medicamentos que sejam
reconhecidamente eficazes. O
que precisamos é de um Sistema
Público e de convênios privados
que remunere os filantrópicos
dentro de critérios quantitativos e
qualitativos”, conclui.

Planta 3D da nova unidade

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