Page 30 - Sandra Passos
P. 30
lth Innovation
Revolução Ética “O mapeamento de muito distantes de dizer que
Para Claudia Scarpim, os riscos é uma condição as indústrias, em sua maio-
de um bom sistema de ria, estão desenvolvendo
sistemas de compliance da integridade. É com base práticas de boa governança e
indústria brasileira estão ma- neste mapeamento que um ambiente de integridade
duros, reflexo da influência as ações de mitigação e transparência no Brasil”.
internacional de países que serão implantadas. É Para ele, por mais que exis-
já desenvolveram legisla- por isso que a Abimed tam exemplos de boas prá-
ções anticorrupção há algum ticas no setor no país, ainda
tempo. “Nós temos visto as incentiva que cada estamos distantes de termos
relações entre os players do empresa desenvolva este a maioria das empresas com
setor evoluírem com o país. exercício, avaliando suas essas práticas. “O nosso de-
Estamos passando por uma safio para os próximos anos
verdadeira revolução ética. O atividades rotineiras e é ampliar e conseguir con-
mercado e a população vêm identificando situações quistar que a maioria das
cobrando das empresas e ins- indústrias brasileiras sejam
tituições ações transparentes, de risco”, éticas, íntegras e que con-
e a experiência da indústria Claudia Scarpim tribuam para uma sociedade
contribui para essa evolução sem corrupção”. H
que é benéfica para todos”.
Interferência cenário político-econômico
Na visão de Kietzmann, atu-
almente, muito se fala sobre a “A sociedade, a política e a economia não suportam
necessidade da criação de pro- mais esse ambiente de corrupção na relação público-
gramas de compliance efetivos -privada. Então, nesse cenário, as empresas precisam
e não apenas simbólicos ou for- abrir os olhos, entender a mensagem e serem parcei-
mais. O executivo acredita ain- ras nesse processo de mudança na sociedade”, reflete
da que o primeiro passo para o presidente do Instituto Ethos sobre a atual influência
que um programa seja efetivo é do cenário político-econômico na implantação de Pro-
conhecer os riscos de mercado gramas de Compliance nas instituições.
em que cada instituição atua,
para que as políticas, processos Sob o olhar do diretor Regional de Compliance e pre-
e controles internos sejam es- sidente da Comissão de Ética da Abimed, Felipe Kietz-
truturados de modo a prevenir mann, os recentes escândalos de corrupção no Brasil,
os principais riscos decorren- encorajou “o próprio fado da Lei Anticorrupção bra-
tes de cada perfil de empresa. sileira ter previsto a existência de mecanismos e pro-
cedimentos internos de integridade, como atuante na
“A partir da implementação eventual aplicação de sanções, criando um incentivo
do programa de compliance, econômico para que as empresas invistam nesse tipo
atividades de autoavaliação, de programa”.
monitoramento e auditoria
são fundamentais para asse-
gurar que o programa esteja
sendo efetivo, ou seja, real-
mente prevenindo esses ris-
cos”, reflete o diretor.
Por outro lado, Magri pon-
tua que “nós ainda estamos
30 healthcaremanagement.com.br | edição 47 | HEALTHCARE Management
Revolução Ética “O mapeamento de muito distantes de dizer que
Para Claudia Scarpim, os riscos é uma condição as indústrias, em sua maio-
de um bom sistema de ria, estão desenvolvendo
sistemas de compliance da integridade. É com base práticas de boa governança e
indústria brasileira estão ma- neste mapeamento que um ambiente de integridade
duros, reflexo da influência as ações de mitigação e transparência no Brasil”.
internacional de países que serão implantadas. É Para ele, por mais que exis-
já desenvolveram legisla- por isso que a Abimed tam exemplos de boas prá-
ções anticorrupção há algum ticas no setor no país, ainda
tempo. “Nós temos visto as incentiva que cada estamos distantes de termos
relações entre os players do empresa desenvolva este a maioria das empresas com
setor evoluírem com o país. exercício, avaliando suas essas práticas. “O nosso de-
Estamos passando por uma safio para os próximos anos
verdadeira revolução ética. O atividades rotineiras e é ampliar e conseguir con-
mercado e a população vêm identificando situações quistar que a maioria das
cobrando das empresas e ins- indústrias brasileiras sejam
tituições ações transparentes, de risco”, éticas, íntegras e que con-
e a experiência da indústria Claudia Scarpim tribuam para uma sociedade
contribui para essa evolução sem corrupção”. H
que é benéfica para todos”.
Interferência cenário político-econômico
Na visão de Kietzmann, atu-
almente, muito se fala sobre a “A sociedade, a política e a economia não suportam
necessidade da criação de pro- mais esse ambiente de corrupção na relação público-
gramas de compliance efetivos -privada. Então, nesse cenário, as empresas precisam
e não apenas simbólicos ou for- abrir os olhos, entender a mensagem e serem parcei-
mais. O executivo acredita ain- ras nesse processo de mudança na sociedade”, reflete
da que o primeiro passo para o presidente do Instituto Ethos sobre a atual influência
que um programa seja efetivo é do cenário político-econômico na implantação de Pro-
conhecer os riscos de mercado gramas de Compliance nas instituições.
em que cada instituição atua,
para que as políticas, processos Sob o olhar do diretor Regional de Compliance e pre-
e controles internos sejam es- sidente da Comissão de Ética da Abimed, Felipe Kietz-
truturados de modo a prevenir mann, os recentes escândalos de corrupção no Brasil,
os principais riscos decorren- encorajou “o próprio fado da Lei Anticorrupção bra-
tes de cada perfil de empresa. sileira ter previsto a existência de mecanismos e pro-
cedimentos internos de integridade, como atuante na
“A partir da implementação eventual aplicação de sanções, criando um incentivo
do programa de compliance, econômico para que as empresas invistam nesse tipo
atividades de autoavaliação, de programa”.
monitoramento e auditoria
são fundamentais para asse-
gurar que o programa esteja
sendo efetivo, ou seja, real-
mente prevenindo esses ris-
cos”, reflete o diretor.
Por outro lado, Magri pon-
tua que “nós ainda estamos
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