Page 212 - Sandra Passos
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SIÊ
tem cerca de 9% do PIB com José Carlos
a Saúde, enquanto o Brasil Rizoli,
investe metade disso. Mas
pouco adianta ter muitos re- Presidente
cursos para investir e admi- do INDSH
nistrá-los mal.”
algum momento elas terão fechar hospitais com menos
Por isso, é importante in- que pagá-los e, novamente, de 50 leitos porque eles são
vestir em uma gestão fi- cairão nas garras dos bancos, inviáveis financeiramente e
nanceira e administrativa de onde dificilmente conse- iludem a população. Precisa-
profissionalizada nas uni- guirão sair vivas.” mos criar hospitais regionais
dades filantrópicas, seja em com capacidade instalada
parcerias ou consultorias. Para gerir com eficiência, suficiente para atender a po-
“No INDSH, conseguimos Teixeira defende rediscutir o pulação de forma adequada.
economias significativas na sistema atual, centralizar as Enfim, temos que mudar a
compra de materiais e medi- atividades, gastar com inte- mentalidade ultrapassada
camentos para as unidades ligência, racionalizar custos, que insiste em não enxergar
administradas que superam criar redes de assistência que que as fórmulas adotadas nos
15% ao mês. Não é milagre. se comuniquem, educar as últimos 30 anos não estão re-
É gestão, transparência e pessoas e reduzir a judiciali- solvendo o problema.” H
responsabilidade com os re- zação da saúde. “Precisamos
cursos disponíveis.”
Rizoli ressalta que, apesar
de muitas Santas Casas esta-
rem em má situação finan-
ceira, outras, por sua vez,
são exemplos de boa gestão,
fruto do processo de pro-
fissionalização. “Essas ins-
tituições entenderam que a
Saúde deve ser tratada den-
tro das regras da boa gestão,
com serviços de qualidade
focados no lucro final, que é
salvar vidas.”
O advogado Josenir Teixeira
concorda com a visão de Ri-
zoli sobre gestão eficiente. “A
falta de gestão competente é
tão cruel que, se houvesse au-
mento de 100% do valor atu-
almente pago pelo SUS, ainda
assim o problema não seria
resolvido. Empréstimos sub-
sidiados para as entidades fi-
lantrópicas ajudam, mas não
resolvem o problema, pois em
212 healthcaremanagement.com.br | edição 47 | HEALTHCARE Management
tem cerca de 9% do PIB com José Carlos
a Saúde, enquanto o Brasil Rizoli,
investe metade disso. Mas
pouco adianta ter muitos re- Presidente
cursos para investir e admi- do INDSH
nistrá-los mal.”
algum momento elas terão fechar hospitais com menos
Por isso, é importante in- que pagá-los e, novamente, de 50 leitos porque eles são
vestir em uma gestão fi- cairão nas garras dos bancos, inviáveis financeiramente e
nanceira e administrativa de onde dificilmente conse- iludem a população. Precisa-
profissionalizada nas uni- guirão sair vivas.” mos criar hospitais regionais
dades filantrópicas, seja em com capacidade instalada
parcerias ou consultorias. Para gerir com eficiência, suficiente para atender a po-
“No INDSH, conseguimos Teixeira defende rediscutir o pulação de forma adequada.
economias significativas na sistema atual, centralizar as Enfim, temos que mudar a
compra de materiais e medi- atividades, gastar com inte- mentalidade ultrapassada
camentos para as unidades ligência, racionalizar custos, que insiste em não enxergar
administradas que superam criar redes de assistência que que as fórmulas adotadas nos
15% ao mês. Não é milagre. se comuniquem, educar as últimos 30 anos não estão re-
É gestão, transparência e pessoas e reduzir a judiciali- solvendo o problema.” H
responsabilidade com os re- zação da saúde. “Precisamos
cursos disponíveis.”
Rizoli ressalta que, apesar
de muitas Santas Casas esta-
rem em má situação finan-
ceira, outras, por sua vez,
são exemplos de boa gestão,
fruto do processo de pro-
fissionalização. “Essas ins-
tituições entenderam que a
Saúde deve ser tratada den-
tro das regras da boa gestão,
com serviços de qualidade
focados no lucro final, que é
salvar vidas.”
O advogado Josenir Teixeira
concorda com a visão de Ri-
zoli sobre gestão eficiente. “A
falta de gestão competente é
tão cruel que, se houvesse au-
mento de 100% do valor atu-
almente pago pelo SUS, ainda
assim o problema não seria
resolvido. Empréstimos sub-
sidiados para as entidades fi-
lantrópicas ajudam, mas não
resolvem o problema, pois em
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