Page 164 - Excelência da Saúde | 2017
P. 164
IGO
PRÓ-SANTAS CASAS: Edson Rogatti
UM ALÍVIO PARA OS
BRASILEIROS Edson Rogatti, diretor-presidente
da Fehosp -Federação das Santas
Casas e Hospitais Beneficentes do
Estado de São Paulo e presidente
da CMB – Confederação das Santas
Casas e Hospitais Filantrópicos.
Recentemente, as endividados e, todo os dias, desta pessoa. Diante desta si-
Santa Casas e os tentamos nos equilibrar em tuação de crítica à atitude do
hospitais sem fins cordas bambas para manter Governo, me pergunto qual o
lucrativos que nossos profissionais, conser- valor da vida? Por que negar
atendem o SUS receberam uma var os equipamentos, comprar investimentos em uma área
notícia que os fizeram respirar remédios e utensílios de tra- tão importante?
mais aliviados. O Governo Fe- balho. Mas, quem mais sofre
deral aprovou um programa pela falta de verbas é a popu- Acredito que o desenvolvi-
de financiamento exclusivo lação, que tem que esperar mento de um país está direta-
para estas entidades com duas meses para o agendamento de mente relacionado a políticas
linhas de crédito, uma de rees- uma consulta ou horas na fila públicas de qualidade, a uma
truturação patrimonial e outra do pronto atendimento até ser gestão transparente e muito
de capital de giro. recebida por um médico. trabalho. E, acima de tudo, à
qualidade de vida. Uma pes-
O chamado Pró-Santas Ca- Por este motivo, ressalto que soa doente não consegue con-
sas vem para reequilibrar as fi- esta vitória não é apenas das tribuir para o avanço do País.
nanças dessas instituições, que Santas Casas e dos hospitais Por este motivo, eu retifico o
há anos realizam empréstimos sem fins lucrativos, mas dos 150 que disse mais acima: esta não
em bancos privados, com altos milhões de brasileiros que de- é uma vitória do setor filantró-
juros e dependem de doações pendem, única e exclusivamen- pico e dos 150 milhões de bra-
para atender a população que te, do sistema público de saúde. sileiros que dependem do SUS,
necessita do atendimento gra- mas de todo o Brasil.
tuito. O programa prevê que Muitos economistas critica-
cerca de R$ 26 milhões serão ram a postura do Governo em Por fim, apenas ressalto que
destinado às entidades. destinar um montante alto, em esta medida, apesar de muito
um momento que deve ser de importante, não é suficiente
Este subsídio do Governo é contenção e acerto das con- para salvar as entidades, que
considerado uma grande vitó- tas públicas. O período que o juntas, têm uma dúvida em tor-
ria para todo o setor. Estamos Brasil vive, de economia e po- no de R$ 23 milhões, mas já é
lutando por mais recursos há lítica instáveis, pede sim cau- o início de uma mudança, um
mais de 10 anos. É mais de tela, mas uma pessoa doente novo caminho está se abrindo
uma década esperando o re- não tem tempo para esperar. e, enfim, o setor começa a en-
conhecimento que o setor fi- Cada minuto sem tratamento xergar a tão sonhada luz no fim
lantrópico merece. Estamos pode fazer a diferença na vida do túnel. H
164 healthcaremanagement.com.br | edição 50 | HEALTHCARE Management
PRÓ-SANTAS CASAS: Edson Rogatti
UM ALÍVIO PARA OS
BRASILEIROS Edson Rogatti, diretor-presidente
da Fehosp -Federação das Santas
Casas e Hospitais Beneficentes do
Estado de São Paulo e presidente
da CMB – Confederação das Santas
Casas e Hospitais Filantrópicos.
Recentemente, as endividados e, todo os dias, desta pessoa. Diante desta si-
Santa Casas e os tentamos nos equilibrar em tuação de crítica à atitude do
hospitais sem fins cordas bambas para manter Governo, me pergunto qual o
lucrativos que nossos profissionais, conser- valor da vida? Por que negar
atendem o SUS receberam uma var os equipamentos, comprar investimentos em uma área
notícia que os fizeram respirar remédios e utensílios de tra- tão importante?
mais aliviados. O Governo Fe- balho. Mas, quem mais sofre
deral aprovou um programa pela falta de verbas é a popu- Acredito que o desenvolvi-
de financiamento exclusivo lação, que tem que esperar mento de um país está direta-
para estas entidades com duas meses para o agendamento de mente relacionado a políticas
linhas de crédito, uma de rees- uma consulta ou horas na fila públicas de qualidade, a uma
truturação patrimonial e outra do pronto atendimento até ser gestão transparente e muito
de capital de giro. recebida por um médico. trabalho. E, acima de tudo, à
qualidade de vida. Uma pes-
O chamado Pró-Santas Ca- Por este motivo, ressalto que soa doente não consegue con-
sas vem para reequilibrar as fi- esta vitória não é apenas das tribuir para o avanço do País.
nanças dessas instituições, que Santas Casas e dos hospitais Por este motivo, eu retifico o
há anos realizam empréstimos sem fins lucrativos, mas dos 150 que disse mais acima: esta não
em bancos privados, com altos milhões de brasileiros que de- é uma vitória do setor filantró-
juros e dependem de doações pendem, única e exclusivamen- pico e dos 150 milhões de bra-
para atender a população que te, do sistema público de saúde. sileiros que dependem do SUS,
necessita do atendimento gra- mas de todo o Brasil.
tuito. O programa prevê que Muitos economistas critica-
cerca de R$ 26 milhões serão ram a postura do Governo em Por fim, apenas ressalto que
destinado às entidades. destinar um montante alto, em esta medida, apesar de muito
um momento que deve ser de importante, não é suficiente
Este subsídio do Governo é contenção e acerto das con- para salvar as entidades, que
considerado uma grande vitó- tas públicas. O período que o juntas, têm uma dúvida em tor-
ria para todo o setor. Estamos Brasil vive, de economia e po- no de R$ 23 milhões, mas já é
lutando por mais recursos há lítica instáveis, pede sim cau- o início de uma mudança, um
mais de 10 anos. É mais de tela, mas uma pessoa doente novo caminho está se abrindo
uma década esperando o re- não tem tempo para esperar. e, enfim, o setor começa a en-
conhecimento que o setor fi- Cada minuto sem tratamento xergar a tão sonhada luz no fim
lantrópico merece. Estamos pode fazer a diferença na vida do túnel. H
164 healthcaremanagement.com.br | edição 50 | HEALTHCARE Management
