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PERDER O FOCO

Mesmo diante do cenário desfavorável, hospitais públicos, privados
e filantrópicos não deixam de investir em eficiência e gestão para
manter ou ampliar suas receitas e melhorar a assistência

rodutividade. Este José Álvaro Carneiro, diretor-
lema, que há muito já corporativo do Complexo
conduz a gestão de hos- Pequeno Príncipe
pitais, cai como uma luva para
2017. “Pensar no teto dos gas- tece, por sua vez, com muita contradição em impossibilida-
tos públicos (PEC 55) para os dedicação, inovações, trabalho de”, diz Carneiro.
próximos 20 anos não significa focado e tempo. “É muito im-
que tudo será absolutamente portante lembrar que há uma A conta não fecha há mui-
fixo. Os ingredientes podem e contradição na saúde do Brasil to tempo. “Na prática, o SUS
devem mudar na composição que é difícil de enfrentar. Há está semicongelado desde a
do bolo. Um dos caminhos uma expectativa generalizada sua plena funcionalidade eco-
para isso é a produtividade, quanto à melhor saúde possí- nômica e financeira, em 1994.
ou seja gastar melhor”, afirma vel, mas ninguém quer pagar De lá para cá, na média, o SUS
José Álvaro Carneiro, diretor- por isso, o que transforma a corrigiu suas tabelas em 96%.
-corporativo do Complexo Pe- Só a energia elétrica teve um
queno Príncipe.
O executivo defende que é
necessário pensar no teto de
gastos como uma necessidade
de busca de economicidade,
para fazer mais com o mesmo
volume de recurso. “Novas
tecnologias, como a telemedi-
cina, deverão ter importante
papel neste contexto”, afirma.
Por outro lado, só é possível
fazer mais e melhor com me-
nos recursos quando se busca
a produtividade, o que acon-

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