Page 76 - Grupo Mídia - 10 Anos
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ratégia

gestão, o que permitirá uma do maior número de avalia- e os de outras instituições de
precificação mais eficiente, ções possíveis dentro do DRG, saúde, inclusive, no exterior.
dando mais equilíbrio finan- de forma a permitir visualizar
ceiro às empresas”. como os hospitais próprios “Índices de óbito, infecção,
estão evoluindo assistencial- tempo de permanência nos
Ao mesmo tempo em que mente ao longo do tempo e, hospitais, entre outros, nos
soluciona um problema econô- também, permitir a compa- ajudarão a identificar pontos
mico, o DRG busca melhorar ração dos resultados entre os de vulnerabilidade em nossos
a performance assistencial das vários hospitais que prestam hospitais e a deflagrar pro-
instituições de saúde, proces- assistência aos nossos benefi- gramas de melhoria, visando
so que é facilitado pelo uso do ciários”, conta Miranda. sempre o mais alto padrão as-
prontuário eletrônico, como sistencial e beneficiando dire-
esclarece Oliveira. “É neces- O segundo passo foi a ava- tamente o paciente”, frisa.
sário um Conjunto Mínimo liação de parceiros que pudes-
de Dados (CMD) padroniza- sem auxiliar o São Francisco O superintendente lembra,
do auxiliando na organização na implantação do sistema, ainda, que o DRG permitirá
das informações, mas, princi- incluindo a realização de ben- a comparação dos resultados
palmente, auxiliando o corre- chmarking e a visitação a ou- econômicos advindos de cada
to diagnóstico, execução dos tras instituições que já tinham equipe médica para procedi-
protocolos clínicos e cuidados o processo em curso. mentos específicos, visto que
necessários ao paciente. Por- um dos principais benefícios
tanto, a adoção de sistemas “Eleito o parceiro, iniciamos do sistema é reduzir o desvio
de informações hospitalares e o trabalho de avaliação de re- padrão dentro de um mesmo
prontuários eletrônicos pode querimentos tecnológicos – procedimento.
ser considerada fator decisivo principalmente associados à
para o sucesso na implantação tecnologia de informação – e “Com isso, devemos fomen-
do DRG”. requerimentos técnicos, como tar ainda mais a troca de in-
os de documentação mínima formações entre equipes, mu-
Processo e benefícios necessária nos prontuários niciados de dados, tornando a
No Grupo São Francisco, para conversão das informa- discussão mais objetiva e o tra-
por exemplo, a implantação ções”, relata Miranda. balho de melhoria mais focado
do DRG está em curso desde nos pontos de vulnerabilidade”.
meados de 2016 e, segundo Agora, o Grupo está na úl-
José Miranda, superintendente tima fase de implantação, que “A TI, quando usada de for-
de Hospitais do Grupo, deve envolve a instalação dos re- ma estratégica, traz ganhos
ser concluída até o início de cursos e capacitação da equi- significativos para operado-
abril. Para que o processo de pe. Para o superintendente, res, prestadores, suporte mé-
implantação do sistema fosse o novo sistema beneficiará, dico e, principalmente, auxi-
bem-sucedido, o Grupo bus- primeiramente, os clientes – lia as instituições e coloca o
cou, primeiramente, entender agentes pagadores –, que con- paciente no centro de tudo,
não apenas como o DRG po- tarão com uma precificação melhorando a qualidade e
deria servir a seus hospitais, previamente definida. agilidade da atenção à saúde.
mas também à sua operadora Tudo isso deixa as instituições
de saúde. Miranda também acredita mais aptas, sob a perspectiva
“A preocupação era a geração que o DRG trará impactos po- operacional, a focar em ações
sitivos para o Grupo, uma vez que tragam a promoção à saú-
que permitirá a comparação de e não somente o cuidado da
mais efetiva entre os resultados doença em si”, conclui Lucia-
assistenciais do São Francisco no de Oliveira. H

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