Page 230 - Roberto Sá Menezes
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“Mantemos a sustentabilidade financeira Entre as mais disputadas da Bahia
do nosso negócio para ajudar cada vez mais
pessoas que precisam dos nossos serviços Com tradição de excelência na formação de
e estão desassistidas pelo Estado”, comenta profissionais médicos, o Santa Izabel comple-
o provedor sobre a instituição, que além de tou 34 anos de Residência Médica. O programa
realizar atendimentos ao Sistema Único de abrange, dentre outras especialidades, a anes-
Saúde (SUS), atende também pacientes par- tesiologia, a neurologia, a ortopedia, a trauma-
ticulares e do sistema de saúde suplementar. tologia, a clínica médica e a cardiologia.

De acordo com José Ricardo Madureira, As vagas do Programa de Residência Médi-
diretor-técnico assistencial do Hospital ca disponibilizadas pelo Hospital Santa Izabel
Santa Izabel – organização administrada estão entre as mais disputadas da Bahia, com
pela Santa Casa da Bahia -, atualmente, a grande número de candidatos locais e de ou-
instituição trabalha com o conceito de pro- tros estados. “Muito nos orgulha o trabalho
dutividade, seguindo o eixo de sustentabi- dedicado que vem sendo executado pelos
lidade da Santa Casa. “É possível entregar- médicos supervisores e preceptores, proje-
mos os mesmos resultados ao paciente com tando o Santa Izabel como um dos mais im-
o menor custo para o sistema de Saúde. No portantes centros de formação de profissio-
Santa Izabel, trabalhamos muito com cada nais em diversas especialidades da medicina”,
gestor um conceito moderno de valor ao comenta Queiroz.
sistema de Saúde e aos pacientes.”

Em contrapartida, Sá Menezes pontua que
a desvantagem de se trabalhar com o modelo
filantrópico no Brasil é o fato de a remune-
ração dos serviços prestados ser inferior aos
custos, com obrigatoriedade de atender um
percentual elevado de 60% de forma gratuita.

“A insuficiência de recursos é uma reali-
dade de todos, não é exclusividade para os
filantrópicos. A aplicação de recursos pelo
governo é insuficiente para atender todas
as demandas da sociedade. Para resolver,
é necessária uma decisão política, além da
melhor seleção dos prestadores de serviço e
de uma eficaz fiscalização da aplicação dos
recursos”, ressalta Sá Menezes.

O setor filantrópico apresenta, nos dias de
hoje, mais de 50% dos atendimentos mé-
dicos realizados no País. “Sem essas insti-
tuições, não seria possível atender toda a
população com custos menores do que os
praticados pelo governo.”

Diante dessa realidade, o provedor acredita
que o modelo filantrópico no Brasil precisa
ser repensado. “Primeiro, precisa-se discutir
a obrigatoriedade de atender um percentual
elevado de pacientes do SUS, número esta-

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