Page 21 - Mudar é Difícil, porém não Mudar é Fatal
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Brasil e no mundo, a deficiência auditiva
traz impactos psicossociais e financeiros
que poderiam ser minimizados pelo uso de
aparelhos auditivos implantes cocleares e
Asistemas de FM, evidencia EHIMA
deficiência auditiva acomete aproximadamente 9,7
milhões de brasileiros, o equivalente a 5,1% da popu-
lação do país, segundo Censo do IBGE de 2010. Desse
total, cerca de 2 milhões possuem grau severo da do-
ença, o que pode comprometer a realização de atividades habitu-
ais como trabalhar e estudar.
A perda auditiva configura-se, neste sentido, como um proble-
ma que não só interfere na qualidade de vida das pessoas como re-
presenta uma série de custos sociais. É o que argumenta a EHIMA
– entidade que representa os seis principais fabricantes europeus
de aparelhos auditivos –, com base na compilação de pesquisas
realizadas em diferentes partes do mundo.
Estudo do SFI (Danish National Centre for Social Research) de
2006, por exemplo, aponta que a perda auditiva custou ao país cer-
ca de 360 milhões de euros, tendo como referência uma popula-
ção de aproximadamente 5,5 milhões de habitantes. Embora não
existam dados oficiais para o cenário brasileiro, a estimativa é de
que os gastos seriam de aproximadamente 12, 7 bilhões de euros,
mais de R$ 30 bilhões.
Variáveis
As razões pelas quais a deficiência representa altos custos são
múltiplas. Segundo o SFI, os deficientes auditivos com frequên-
cia se aposentam mais cedo, inclusive por invalidez. A institui-
ção também destaca que eles comumente se sentem fisicamente
e mentalmente cansados depois do trabalho e chegam, inclusive,
a trabalhar em carga horária reduzida. Também por esses moti-
vos, a taxa de desemprego entre essa população é maior e, mesmo
quando trabalham, eles acabam ganhando menos.
Para se ter uma ideia, um levantamento do RNID (Royal National
Institute of the Deaf), de 2008, aponta que a taxa de desemprego no
Reino Unido é quatro vezes maior entre os deficientes auditivos.
Já o BHI (Better Hearing Institute) mostra que a renda fa-
miliar nos Estados Unidos é de 12 mil dólares anuais a menos
nas casas de deficientes auditivos na comparação com as casas
onde as pessoas têm a audição normal. Se os aparelhos auditivos
fossem usados, essa diferença cairia pela metade, seria de 6 mil
dólares anuais.
21HEALTHCARE Management | edição 44 | healthcaremanagement.com.br
traz impactos psicossociais e financeiros
que poderiam ser minimizados pelo uso de
aparelhos auditivos implantes cocleares e
Asistemas de FM, evidencia EHIMA
deficiência auditiva acomete aproximadamente 9,7
milhões de brasileiros, o equivalente a 5,1% da popu-
lação do país, segundo Censo do IBGE de 2010. Desse
total, cerca de 2 milhões possuem grau severo da do-
ença, o que pode comprometer a realização de atividades habitu-
ais como trabalhar e estudar.
A perda auditiva configura-se, neste sentido, como um proble-
ma que não só interfere na qualidade de vida das pessoas como re-
presenta uma série de custos sociais. É o que argumenta a EHIMA
– entidade que representa os seis principais fabricantes europeus
de aparelhos auditivos –, com base na compilação de pesquisas
realizadas em diferentes partes do mundo.
Estudo do SFI (Danish National Centre for Social Research) de
2006, por exemplo, aponta que a perda auditiva custou ao país cer-
ca de 360 milhões de euros, tendo como referência uma popula-
ção de aproximadamente 5,5 milhões de habitantes. Embora não
existam dados oficiais para o cenário brasileiro, a estimativa é de
que os gastos seriam de aproximadamente 12, 7 bilhões de euros,
mais de R$ 30 bilhões.
Variáveis
As razões pelas quais a deficiência representa altos custos são
múltiplas. Segundo o SFI, os deficientes auditivos com frequên-
cia se aposentam mais cedo, inclusive por invalidez. A institui-
ção também destaca que eles comumente se sentem fisicamente
e mentalmente cansados depois do trabalho e chegam, inclusive,
a trabalhar em carga horária reduzida. Também por esses moti-
vos, a taxa de desemprego entre essa população é maior e, mesmo
quando trabalham, eles acabam ganhando menos.
Para se ter uma ideia, um levantamento do RNID (Royal National
Institute of the Deaf), de 2008, aponta que a taxa de desemprego no
Reino Unido é quatro vezes maior entre os deficientes auditivos.
Já o BHI (Better Hearing Institute) mostra que a renda fa-
miliar nos Estados Unidos é de 12 mil dólares anuais a menos
nas casas de deficientes auditivos na comparação com as casas
onde as pessoas têm a audição normal. Se os aparelhos auditivos
fossem usados, essa diferença cairia pela metade, seria de 6 mil
dólares anuais.
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