Page 22 - Mudar é Difícil, porém não Mudar é Fatal
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lth Innovation
Os gráficos a seguir, levan- da anual (Gráfico 1) e como o Relatório da OMS de 2005 também res-
tados nos Estados Unidos, re- uso de aparelho auditivo pode salta que a perda auditiva reduz o número
velam como a intensidade da amenizar essa questão finan- de “anos saudáveis” de um indivíduo, o
perda auditiva interfere na ren- ceira (Gráfico 2). que também se traduz em mais custos go-
vernamentais, segundo a Comissão Euro-
Gráfico 1 peia, “um ano de qualidade de vida” vale o
Título: Estados Unidos – Quanto maior a perda equivalente a 44 mil euros.
auditiva, menor a renda familiar
Vertical: Renda familiar anual A University Medical Center, por sua
Horizontal: Severidade da perda auditiva em decibéis vez, aponta – em estudo de 2011 – que a
perda auditiva representa para a Holanda
Gráfico 2 um gasto anual de 950 milhões de euros,
Título: Estados Unidos – Quando os aparelhos sendo a sexta condição de saúde mais cara
auditivos são utilizados ao país, e o quadro piora com o envelheci-
Vertical: Renda familiar anual mento da população.
Horizontal: Severidade da perda auditiva em decibéis
Cenário brasileiro
De acordo com Pedro Stern, diretor
financeiro do conselho de administra-
ção da ABIMED (Associação Brasileira
da Indústria de Alta Tecnologia de Pro-
dutos para Saúde), os custos diretos do
SUS (Sistema Único de Saúde) com apa-
relhos auditivos, implantes cocleares e
os respectivos procedimentos médicos
– como diagnóstico, adaptação de apa-
relhos auditivos, cirurgia para realiza-
ção de implantes cocleares e reabilitação
– superam os R$ 500 milhões por ano.
O diretor ressalta o fato de que a soli-
citação de exames auditivos para pessoas
acima dos 65 anos e crianças em idade
escolar ainda não é rotina no país. Além
disso, os sintomas da perda auditiva não
são conhecidos pela população brasilei-
ra. “Hoje, temos uma consciência maior
sobre os problemas visuais e seus prejuí-
zos. Na questão da audição, é necessário
o mesmo tipo de educação”, frisa.
A redução de gastos públicos com a
perda auditiva está diretamente ligada à
conscientização da população. De acor-
do com o Stern, na Europa, os pacientes
que buscam solução para os seus pro-
blemas auditivos geram um custo 50%
menor do que aqueles que não o fazem.
22 healthcaremanagement.com.br | edição 44 | HEALTHCARE Management
Os gráficos a seguir, levan- da anual (Gráfico 1) e como o Relatório da OMS de 2005 também res-
tados nos Estados Unidos, re- uso de aparelho auditivo pode salta que a perda auditiva reduz o número
velam como a intensidade da amenizar essa questão finan- de “anos saudáveis” de um indivíduo, o
perda auditiva interfere na ren- ceira (Gráfico 2). que também se traduz em mais custos go-
vernamentais, segundo a Comissão Euro-
Gráfico 1 peia, “um ano de qualidade de vida” vale o
Título: Estados Unidos – Quanto maior a perda equivalente a 44 mil euros.
auditiva, menor a renda familiar
Vertical: Renda familiar anual A University Medical Center, por sua
Horizontal: Severidade da perda auditiva em decibéis vez, aponta – em estudo de 2011 – que a
perda auditiva representa para a Holanda
Gráfico 2 um gasto anual de 950 milhões de euros,
Título: Estados Unidos – Quando os aparelhos sendo a sexta condição de saúde mais cara
auditivos são utilizados ao país, e o quadro piora com o envelheci-
Vertical: Renda familiar anual mento da população.
Horizontal: Severidade da perda auditiva em decibéis
Cenário brasileiro
De acordo com Pedro Stern, diretor
financeiro do conselho de administra-
ção da ABIMED (Associação Brasileira
da Indústria de Alta Tecnologia de Pro-
dutos para Saúde), os custos diretos do
SUS (Sistema Único de Saúde) com apa-
relhos auditivos, implantes cocleares e
os respectivos procedimentos médicos
– como diagnóstico, adaptação de apa-
relhos auditivos, cirurgia para realiza-
ção de implantes cocleares e reabilitação
– superam os R$ 500 milhões por ano.
O diretor ressalta o fato de que a soli-
citação de exames auditivos para pessoas
acima dos 65 anos e crianças em idade
escolar ainda não é rotina no país. Além
disso, os sintomas da perda auditiva não
são conhecidos pela população brasilei-
ra. “Hoje, temos uma consciência maior
sobre os problemas visuais e seus prejuí-
zos. Na questão da audição, é necessário
o mesmo tipo de educação”, frisa.
A redução de gastos públicos com a
perda auditiva está diretamente ligada à
conscientização da população. De acor-
do com o Stern, na Europa, os pacientes
que buscam solução para os seus pro-
blemas auditivos geram um custo 50%
menor do que aqueles que não o fazem.
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